Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Uma passeata comemorativa ao Dia Internacional da Mulher reuniu cerca de 2 mil pessoas no região central de São Paulo. Organizada por centenas de entidades, entre partidos políticos, centrais sindicais e organizações não governamentais, a manifestação percorreu ruas próxima à Praça da Sé.
“Estamos aqui para tornar visível que a gente vive ainda uma situação de extrema desigualdade, as mulheres ainda sofrem violência de seus maridos e de seus companheiros. Viemos exigir uma mudança real e concreta na vida das mulheres”, disse Camila Furchi, da Marcha Mundial das Mulheres.
“Falta ainda, por exemplo, a gente ganhar o mesmo salário, falta a gente superar essa ideia de que as mulheres são responsáveis, só elas, pelo trabalho doméstico. Falta a gente tornar realmente intolerável que uma mulher sofra uma violência de seu marido”, acrescentou Camila.
A pouca quantidade de mulheres no legislativo e no executivo também foi um tema criticado pelos participantes da manifestação, que pediram apoio para a eleição de mulheres nas próximas votações. “O que a gente tem que fazer é nas próximas eleições dar o acesso ao poder para as companheiras que vão ser candidatas. Somos a maioria no Censo, mas a minoria no poder”, destacou a cantora, deputada estadual em São Paulo e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Leci Brandão.
De acordo com o Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais, apenas 9,1% das prefeituras são ocupadas por mulheres. Nas câmaras municipais, esse percentual é 12,5%, na Câmara Federal, 8,8%, e no Senado, 14,8%.
Edição: Rivadavia Severo