Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em menos de uma semana, três enviados do governo dos Estados Unidos terão passado pelo Brasil para mostrar que o país é um importante parceiro. Na próxima semana, estarão em reuniões, com autoridades brasileiras, a subsecretária norte-americana interina de Estado para Controle de Armas e Segurança Internacional, Rose E. Gottemoeller, e o secretário assistente de Estado para o Escritório de Segurança Internacional e Não Proliferação, Thomas M. Countryman.
De acordo com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o governo brasileiro é um “importante parceiro global que compartilha metas comuns de controle e não proliferação” de armas com os norte-americanos. Em comunicado, a representação diplomática diz que o governo americano aprecia “a liderança do Brasil tanto em escala regional quanto internacional e aguardamos para colaborar mais no endereçamento dos importantes desafios na área de não proliferação e desarmamento”.
As visitas de Rose Gottemoeller e Countryman ocorrem depois do subsecretário de Estado norte-americano, William Burns, ter vindo ao Brasil durante a semana e ter tido, como temas principais da sua viagem, o cancelamento do contrato para a venda de 20 aviões militares da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) para os Estados Unidos e a ida da presidenta Dilma Rousseff a Washington, no próximo mês.
Burns garantiu que o Brasil ainda pode participar da licitação para a venda de 20 aeronaves militares para os Estados Unidos, no valor de US$ 355 milhões. O governo norte-americano cancelou o processo licitatório, no último dia 17, surpreendendo as autoridades brasileiras. Mas o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, negou desconforto entre os dois países.
Na pauta das reuniões de Rose Gottemoeller e Countryman com autoridades brasileiras, estará a Cúpula de Segurança Nuclear, que ocorre nos dias 26 e 27 de março, em Seul, na Coreia do Sul – evento do qual participam o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e vários chefes de Estado e de Governo.
Os representantes americanos que estarão no Brasil também devem mencionar as questões de controle de armas, como a implementação do novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (denominado Start). O tratado foi firmado em 1991 pelos governos dos Estados Unidos e da Rússia e, por meio dele, ambos comprometeram-se a reduzir gradativamente as armas. Os termos do acordo, no entanto, estão em processo de revisão.
Edição: Lana Cristina