Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As condições meteorológicas adversas na região onde está situada a Estação Antártica Comandante Ferraz atrapalharam as buscas pelos dois militares desaparecidos durante um incêndio. De acordo com a Marinha, o chefe da estação e os integrantes do grupo-base, que permaneceram no local combatendo o incêndio, foram transferidos para a Base Eduardo Frei, no Chile.
O incêndio na estação começou durante a madrugada, porém, a Marinha não informou se o fogo já foi controlado. Assim que as condições meteorológicas melhorarem, uma equipe do grupo-base voltará à estação para avaliar os danos.
O suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos estão desaparecidos. O primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros ficou ferido e foi transferido para a base chilena. Segundo a Marinha, as famílias do militar ferido e dos desaparecidos já foram comunicadas e estão recebendo apoio.
Mais de 40 pessoas estavam na estação no momento do incidente. Os pesquisadores e os colaboradores também foram transferidos para a base chilena, de onde partirão em aeronave da Força Aérea Argentina para a cidade de Punta Arenas, no Chile.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que vai resgatar militares e pesquisadores que trabalham na estação vai sair da Base Aérea do Galeão na tarde deste sábado (25), com destino a Punta Arenas, no Chile.
A Estação Antártica Comandante Ferraz completou 30 anos em janeiro deste ano. A estação brasileira foi instalada na Baía do Almirantado, localizada na Ilha Rei George, em1984. A partir de 1986, passou a ser ocupada anualmente por pesquisadores e militares da Marinha do Brasil, podendo acomodar até 58 pessoas. A estação tem laboratórios destinados às ciências biológicas, atmosféricas e químicas.
Edição: Nádia Franco