Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Saúde do Japão divulgou hoje (24) que a partir do dia 1º de abril serão adotadas normas mais restritivas sobre a radioatividade em alimentos. O objetivo é reduzir os limites permitidos de césio em produtos alimentícios. A decisão ocorre a menos de um mês de os acidentes nucleares ocorridos na região de Fukushima, no Nordeste do Japão, completarem um ano.
As medidas de restrição foram definidas em meio a vários meses de debates. As autoridades japonesas decidiram impor um limite de 100 bequeréis de césio radioativo por quilograma para alimentos em geral – carne, peixe, fruta e legumes. Até então, o máximo permitido chegava a 500 bequeréis.
O limite é ainda mais severo em casos de alimentos destinados a crianças e em bebidas em geral, que não poderão ter mais de 50 bequeréis de césio radioativo por quilograma. No caso do leite, o rigor é ainda maior – haverá redução de 200 bequeréis para 10 bequeréis.
As medidas contrariam os agricultores da província de Fukushima – região que sofreu de forma intensa a contaminação gerada por explosões e vazamentos da usina. Para os produtores rurais do local, a severidade imposta pelas novas normas pode levar à proibição da venda de alguns dos seus produtos, que até agora eram tolerados.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante