Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os tradicionais bondes de Santa Teresa só voltarão a circular em março de 2014, afirmou hoje (24) o secretário-chefe da Casa Civil do governo do estado do Rio de Janeiro, Regis Fichtner, na apresentação do projeto de revitalização do sistema. Ele anunciou que a licitação para a compra dos 14 novos bondes está marcada para a próxima segunda-feira (27). O transporte está paralisado há seis meses, desde o acidente que deixou seis mortos e mais de 50 pessoas feridas.
Fichtner disse que o trajeto do bonde será ampliado, resgatando o traçado original que ligava a Estação Carioca, região central da capital fluminense, até a Estação de Silvestre, na zona sul. Nesse ponto, será reativada uma conexão que existia com o Trem do Corcovado, que leva turistas até o Cristo Redentor. Com o resgate do traçado original, o trajeto de 7,2 quilômetros (km) de extensão vai passar a ter 10,5 km.
Segundo o secretário, além de manter as características históricas dos bondinhos, a nova estrutura de funcionamento vai reduzir o tempo de espera e aumentar a segurança dos passageiros. “As pessoas não poderão viajar pelo lado de fora, elas viajarão sentadas do lado de dentro em total segurança. Isso significa que não haverá mais aumento de peso extraordinário no bonde, e que as pessoas não cairão mais dele, como acontecia antes”, explicou.
Perguntado sobre uma possível diferenciação de bondes e passagens para turistas e moradores, o secretário alegou que a questão está sendo analisada, mas que precisa do aval do governador do estado, Sérgio Cabral. “Bonde só para turista não haverá, nós estamos estudando a questão da tarifa, que ainda vai ser analisada, e o governador deve tomar uma decisão mais adiante”, disse.
No projeto de revitalização dos bondinhos de Santa Teresa, o governo do estado vai investir R$110 milhões. Estão previstas as reformas de estações, da oficina e do museu dos bondes, além da troca de todos os trilhos e do sistema de sinalização, em toda extensão da linha férrea. Também será criado um centro de controle operacional, onde os bondes serão monitorados em tempo real por Sistema de Posicionamento Global (GPS, na sigla em inglês).
Edição: Lana Cristina