Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em Honduras, os parentes dos presos que morreram em um incêndio há uma semana na penitenciária da província de Comayagua, no Norte do país, invadiram nessa segunda-feira (20) o necrotério para exigir notícias sobre os restos mortais das vítimas. No incêndio, mais de 350 pessoas morreram e várias ficaram feridas, inclusive um brasileiros que estava detido no presídio.
As autoridades hondurenhas disseram que um grande grupo de pessoas – em sua maioria mulheres - invadiu a sala onde os corpos são mantidos. Os invasores foram expulsos pela polícia, que usou gás lacrimogêneo. As causas das mortes variam entre asfixia e queimaduras severas, que dificultam a identificação sem a ajuda de exames de DNA, segundo especialistas.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu ao governo de Honduras que faça uma investigação independente sobre as causa do incêndio. Especialistas no setor penitenciário condenaram a má qualidade dos presídios da América Latina de uma forma geral.
A prisão, no Norte de Honduras, foi projetada para 250 detentos. No momento em que houve o incêndio havia 856 presos no local, de acordo com as autoridades do país.
*Com informações da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto