Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Quase metade dos motoristas que foram presos na segunda-feira (20) de carnaval nas estradas do Rio, por dirigir sob efeito de álcool, tinha idade entre 40 e 60 anos. O levantamento chamou a atenção da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do estado, que fará um balanço do período do recesso.
“A gente vai apurar se em todo o carnaval foi assim. Mas foi surpreendente observar que 45% dos autuados tinham entre 40 e 60 anos. O que foi uma novidade, pelo menos, em relação ao ano passado. Mas, como começamos o levantamento agora, vamos levantar isso no carnaval todo porque precisamos ter essa informação”, disse a inspetora Marisa Dreys, relações públicas da PRF.
Treze motoristas foram presos nas rodovias estaduais do Rio, apenas na segunda-feira de carnaval (20). Desse total, 11 foram detidos por embriaguez ao volante e dois por dirigir sem habilitação. “A gente teve bem mais ocorrências de pessoas dirigindo sob efeito de álcool do que no ano passado. Mas também aumentamos muito a fiscalização. Pode ser resultado disso”, avaliou a inspetora.
Desde o primeiro dia de festas, a PRF contabiliza mais de 1.000 autuações. Quase 70% das ocorrências eram por trânsito pelo acostamento ou ultrapassagem indevidas, em locais proibidos. “É um absurdo. O número é só do Rio e boa parte dessas autuações era por trânsito pelo acostamento, apesar de termos redobrado o efetivo na BR-101 (rodovia de acesso à Região dos Lagos e ao sul-fluminense)”, acrescentou Dreys.
Um dos casos de ultrapassagem imprudente, em local proibido, resultou na colisão de dois veículos na Rodovia Rio-Santos (BR-101), com a morte de duas pessoas, incluindo uma criança de 7 anos, e sete feridos.
Para a relações públicas da PRF, as estatísticas e a proporcionalidade de ocorrências também chamaram a atenção dos agentes. Ontem (20), em apenas um acidente - em que o motorista de um micro-ônibus perdeu o controle do veículo e caiu em uma ribanceira na estrada Rio-Petrópolis - duas pessoas morreram e 14 ficaram feridas.
“Só em três acidentes, tivemos três mortos e 31 feridos. Dois casos envolviam ônibus e isso é preocupante. Embora a maioria desses acidentes tenha registrado feridos leves, ferido é ferido”, avaliou Marisa Dreys.
Edição: Graça Adjuto