Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Quem utiliza o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, espera que a concesso ao setor privado do terminal acarrete melhorias no atendimento. O diretor comercial Wanderson Queiroz, que viaja constantemente a trabalho e já enfrentou muitos transtornos, como perda de mala e atrasos de voos, acredita que a concessão “vai funcionar" porque "é preciso ter um recurso extra para que esses problemas não aconteçam".
O funcionário público Marcelo Bisinoto também acredita que, mesmo que haja aumento de tarifas, a privatização pode trazer melhorias no atendimento. “Muita coisa precisa ser melhorada, a informatização precisa funcionar melhor. Hoje mesmo, o sistema ficou fora do ar por um bom tempo”.
O engenheiro mecânico José Luíz Khoury comparou a concessão dos terminais com a das rodovias. “Levando em conta que as rodovias privatizadas são muito boas, acho que os aeroportos tendem a ficar melhores também".
"Hoje, o aeroporto não tem condições para atender a todos. Acontecem muitos transtornos, como extravio de bagagem, filas muito grandes. Não adianta privatizar e continuar com o atendimento ruim. Acho que os aeroportos precisam melhorar não só em virtude da Copa, mas pelo dia a dia do brasileiro", ponderou a advogada Luciana Goulart, que também é usuária frequente do terminal de Brasília.
O leilão de concessão do Aeroporto Internacional de Brasília ocorreu hoje (6), na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), quando ambém foram leiloadas as outorgas para operação dos aeroportos internacionais de Guarulhos (SP) e Viracopos (Campinas-SP). Ao todo, os três terminais renderam ao caixa do Tesouro R$ 24,5 bilhões.
Edição: Vinicius Doria