Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O incentivo ao uso da propriedade intelectual como diferencial competitivo é o principal objetivo do acordo de cooperação firmado hoje (30) entre o presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), Jorge Ávila, e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno.
Ávila disse à Agência Brasil que esse tipo de acordo que vem sendo assinado com os estados brasileiros visa a “fazer com que universidades, instituições de pesquisa, empresas de qualquer porte entendam como funciona a proteção da propriedade intelectual no Brasil e tirem o maior partido possível disso”.
O secretário Julio Bueno chamou a atenção para o lugar de destaque que o estado fluminense tem na área da inovação. Citou o exemplo do parque tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instalado na Ilha do Fundão, que já conta com nove centros importantes de pesquisa.
A parceria prevê a promoção de eventos para incentivar a proteção de ativos intangíveis de instituições públicas e privadas, usando a informação contida nas patentes, além da promoção de um curso básico sobre propriedade intelectual, a cargo do governo fluminense, entre outras iniciativas.
“Será um esforço grande de identificação daquilo que pode ser protegido, como patente e desenho industrial, que nem sempre é protegido porque as pessoas não têm consciência de que aquilo atende aos requisitos de novidade, de atividade inventiva e originalidade e que deve ser protegido para ter mais valor”, disse Jorge Ávila.
Ele reiterou que existe, nesse acordo, um esforço de comunicação, sensibilização e educação, no sentido de disseminar o melhor conhecimento possível sobre como fazer inovação a partir de um conhecimento novo que é gerado nas empresas, universidades e centros de pesquisa de todo o estado.
O presidente do Inpi destacou que o acordo com o Rio de Janeiro se diferencia dos demais porque é a primeira vez que contempla a participação de entidades sediadas no estado nos chamados “observatórios tecnológicos”. Essas são estruturas que visam a gerar conhecimento para que as pessoas consigam, com relativa facilidade, obter informação sobre como conduzir as suas estratégias de inovação.
“Como selecionar parceiros, saber quem está fazendo o quê no mundo, quais são as tendências. Como no Rio de Janeiro há instituições de pesquisa muito importantes em áreas prioritárias na política industrial e tecnológica brasileira, a gente tem o interesse de fazer com que haja colaboração das secretarias, em particular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no desenho das linhas de atuação de alguns desses observatórios”, declarou Ávila.
O acordo prevê também palestras e visitas técnicas aos arranjos produtivos locais, com o objetivo de estimulá-los a buscar o registro de indicação geográfica. O registro é uma garantia quanto à origem de um produto ou às suas qualidades e características regionais.
Edição: Aécio Amado