Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A prefeitura do Rio iniciou hoje uma série de ações que prometem acabar com os alagamentos na Praça da Bandeira, zona norte, uma das áreas que mais sofrem com chuvas fortes. Como a região recebe todo o tráfego procedente da zona norte e do centro do Rio para os bairros do subúrbio, as enchentes no local já passaram para o anedotário carioca e, devido aos custos da obra, nenhum governante tinha assumido, até agora, o desafio de acabar com o problema. As obras serão feitas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2).
O prefeito Eduardo Paes vai investir nos próximos dois anos R$ 292 milhões para acabar com esse sofrimento do carioca sempre que desaba um temporal. Os alagamentos ocorrem na região desde o fim do século 18, conforme mostram fotos antigas da cidade.
A prefeitura vai construir quatro reservatórios subterrâneos, conhecidos como “piscinões", que vão captar e armazenar a água da chuva e impedir o transbordamento dos rios e o alagamento das ruas. A água retida será liberada aos poucos, à medida que a rede de drenagem suportar, dando tempo para a água da chuva escoar e evitar o alagamento da Praça da Bandeira.
“Todo mundo que se conhece por gente, todos os vivos do Rio de Janeiro, todo mundo que está aqui e que nasceu nesta cidade ou que mora aqui há muito tempo, sabe que a Praça da Bandeira alaga, sabe que a Praça da Bandeira tinha solução, mas ninguém fazia”, desabafou o prefeito.
Ironicamente, Paes disse que a obra está começando com 447 anos de atraso, que serão completados no dia 1º de março, dia da fundação da cidade. O prefeito disse que a melhoria na região só será sentida daqui a dois anos, mas que o impacto das enchentes será reduzido, com a conclusão dos primeiros reservatórios e a implantação de um túnel extravasor. Quando tudo estiver pronto, a Praça da Bandeira será reurbanizada.
Edição: Vinicius Doria