Da Agência Brasil
Brasília - A Associação dos Moradores de Engenho das Lajes, na zona rural da cidade Gama (DF), suspendeu hoje (13) a proposta de nova manifestação na BR-060, que liga Brasília a Goiânia, porque obteve respostas às reivindicações de drenagem e retomada das obras na rodovia. Ontem (12), por cerca de cinco horas, os manifestantes bloquearam a pista e provocaram um longo engarrafamento em protesto por causa da morte de um menino de seis anos, afogado em uma vala inundada da obra de um viaduto na rodovia, paralisada desde 2008.
O conselheiro da entidade, Davi Jones Lobato, disse à Agência Brasil que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) descolou caminhões-pipa e informou que as obras serão retomadas na segunda-feira (16).
“Estamos na expectativa de que as obras comecem na segunda-feira (16), como prometeu o Luis Guerra [engenheiro do Dnit que esteve ontem na manifestação]”, disse o conselheiro da associação de moradores. Lobato acrescentou ainda que a empresa de construção Castelo, responsável pela obra na rodovia, informou à entidade que irá interditar as áreas de risco ainda hoje.
De acordo com Lobato, as famílias afetadas pelos transtornos da obra pretendem aguardar até o dia 16 para entrar em contato com a área jurídica do Dnit para negociar indenizações. Essas famílias se queixam que as casas são alagadas constantemente devido à obra inacabada da rodovia. Ainda não há uma definição sobre como esses acordos poderão ser fechados.
O protesto de ontem foi gerado pela morte do estudante Johne Vinícius da Silva, de 6 anos. Ele andava de bicicleta no último domingo quando caiu na vala, de aproximadamente 2 metros de profundidade e que constantemente acumulava água da chuva. Ele foi sugado por ela, segundo os pais dele. A criança foi retirada do local, mas não sobreviveu.
Ontem os moradores de Engenho das Lajes exigiram a presença de representantes do Dnit para propor uma solução à suspensão da obra de construção do viaduto. Também querem o pagamento de uma indenização para a família que perdeu o filho e para os moradores de residências que foram afetadas pela água que transbordava da vala.
Edição: Talita Cavalcante