Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Lançado na edição primavera-verão do ano passado, o Espaço Mãos voltou à bolsa de negócios da moda Senac Rio Fashion Business, evento que termina hoje (13), com o intuito de apresentar o selo criado para valorização do artesanato nacional. A iniciativa promove o diálogo entre a economia criativa e a economia da cultura.
“[A economia da cultura] Que é uma coisa holística, porque fala de diversos assuntos”, disse à Agência Brasil a curadora do espaço, Cristina Franco.
O projeto conta com apoio institucional do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No ano passado, o espaço só trabalhou com artesanato de linha. Nesta edição, outono-inverno, o Espaço Mãos deu oportunidade para outros tipos de artesanato, tendo como tema central a Semana de Arte Moderna de 1922, que completará, em fevereiro, 90 anos.
Segundo Cristina Franco, o evento “foi um verdadeiro acordar para a brasilidade. Agora, 90 anos depois, a gente está tendo isso de novo, dentro de um outro contexto. O brasileiro está gostando de ser brasileiro, de conviver com as suas matizes”.
A curadora explicou ainda que o selo do PAB nos produtos tem o objetivo de identificar o artesanato brasileiro e provar que é um item feito à mão. “Um produto com o DNA brasileiro”, ressaltou Cristina Franco. “Porque, com a globalização, você tem muita cópia de renda, por exemplo, feita em máquina”. O primeiro selo foi lançado na Bahia e certificou o artesanato feito de linha. Agora, todos os estados vão receber gradativamente o projeto.
Nesta edição da Fashion Business, o Espaço Mãos mostrou ao público grafismos dos índios caiapó do Pará, que servem para a confecção de ecobags (bolsas sustentáveis), vestidos bordados de Minas Gerais, roupas para batizado de bainha aberta, joias de prata e semente de cupuaçu inspiradas no design marajoara.
Edição: Lana Cristina