Investimento público no Centro-Oeste aumentou 30% em 2011

12/01/2012 - 13h35

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As contratações com recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) somaram R$ 5,5 bilhões no ano passado, com aumento de 30% em relação aos R$ 4,2 bilhões financiados em 2010, e o Fundo começa 2012 com dotação orçamentária de R$ 5,1 bilhões - informou hoje (12) o vice-presidente de Varejo, Distribuição e Operações do Banco do Brasil, Dan Marinho Conrado.

O desempenho do fundo constitucional foi extraordinário, disse Marcelo Dourado, diretor da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Segundo ele, a economia da região está em um ritmo muito bom, e exige investimentos crescentes”. Tanto que a dotação orçamentária do FCO, no início de 2011, foi R$ 4,6 bilhões, e exigiu suplementações de R$ 900 milhões (19,56%) ao longo do ano, com mais ênfase no segundo semestre.

O diretor da Sudeco ressaltou que, a exemplo de 2010, os recursos do FCO chegaram a todos os 466 municípios da região, em decorrência, principalmente das ações articuladas entre o Banco do Brasil, a Sudeco e os conselhos de desenvolvimento regional dos estados e do Distrito Federal. No seu entender, a parceria tem dado resultados promissores e por isso acredita que as contratações cheguem facilmente a R$ 6 bilhões este ano, apesar da limitação orçamentária de R$ 5,1 bilhões.

Para Dourado, a capilaridade da rede de atendimento do Banco do Brasil é outro fator preponderante para o crescimento das contratações de financiamentos com recursos do FCO, uma vez que são quase dois mil pontos de atendimento na região, e isso facilita o acesso ao crédito por todos os segmentos da economia. Em especial pelo produtor rural de áreas mais distantes dos grandes centros. Além disso, o FCO tem promovido seminários itinerantes para divulgar as linhas de crédito e esclarecer dúvidas.

Criado em 1988 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Centro-Oeste, o FCO financia atividades agropecuárias, da indústria, do comércio, de infraestrutura e de serviços. Este com ênfase no turismo que tem crescido bem na região e mostra potencial para se desenvolver muito mais, de acordo com Dourado.

O financiamento com recursos do FCO pode ser contratado em qualquer parte do país, desde que o investimento seja aplicado no Distrito Federal, em Goiás, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e as condições são diferenciadas, de acordo com o porte do tomador e a atividade. A prioridade, no entanto, é para produtores rurais e pequenos empresários, que pagam juros mais baixos em financiamentos com prazo até 20 anos.

Os menores juros são para o miniprodutor rural que contratar financiamento até R$ 360 mil. A taxa normal nesses casos é 5%, mas se pagar os compromissos em dia terá direito a um bônus que reduz a taxa para 4,25%. Em uma contratação de igual valor, se o tomador não for ruralista os juros sobem para 6,75% (5,74% com bônus). Na faixa mais alta, acima de R$ 90 milhões, os juros para a atividade rural são 8,50% (7,23% com bônus) e para as demais atividades os juros são 10% (8,50% com bônus).

 

Edição: Aécio Amado