Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse hoje (12) que o governo vai decidir até junho se amplia em 400 mil unidades a meta do programa Minha Casa, Minha Vida 2, que atualmente é de 2 milhões de moradias até 2014, das quais 500 mil serão construídas este ano. As unidades habitacionais adicionais devem ser destinadas a famílias com renda de até R$ 1,6 mil mensais.
“Estamos considerando ampliar o número de unidades contratadas para mais 400 mil, e isso significará 400 mil moradias para essa faixa de renda de até R$ 1,6 mil. Em junho, faremos uma avaliação para ampliar”, disse durante a cerimônia de assinatura do termo de cooperação para viabilizar a construção de moradias populares no estado de São Paulo.
O acordo assinado hoje prevê a construção de 97 mil unidades habitacionais para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil, com prioridade de atendimento para moradores de favelas, mananciais, áreas de risco e rurais. As casas serão construídas por meio da Agência Casa Paulista, do governo do Estado, e do Programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal. Serão investidos R$ 8,04 bilhões, sendo R$ 1,9 bilhão do governo estadual e R$ 6,1 bilhões do governo federal.
A parceria atenderá principalmente as regiões metropolitanas de São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Vale do Paraíba e litoral norte. As unidades serão construídas até 2015. As famílias pagarão 120 parcelas mensais, que podem ser até 10% de seu rendimento. O valor mínimo da prestação será de R$ 50,00 e o máximo de R$ 160,00. A área de cada unidade será de 43 metros quadrados, com acessibilidade para cadeirantes, laje e esquadrias de alumínio, lâmpadas fluorescentes, descarga seletiva nos banheiros e sensores de presença nas áreas externas.
A presidenta Dilma ressaltou ainda que nenhum presidente consegue governar sem o apoio dos governos estaduais e municipais. “O grande ensinamento que nós temos é essa relação que conseguimos manter independentemente de origem partidária, credo político, religioso. Nós podemos ter nossas divergências políticas, mas acabou a eleição essas divergências eleitorais deixam de existir”.
A presidenta afirmou ainda que tem dito que como há decoro parlamentar, há decoro governamental, que consiste em perceber que não se faz e não se pode ter em política relação de atrito com estados e municípios. “Esse é a grande característica do decoro governamental”, disse.
Edição: Fernando Fraga