Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As chuvas que atingem o Sudeste deverão continuar intensas nos próximos dias, com previsão de mais temporais para Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. As informações são do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Para hoje (8), a previsão é que chova forte no sul de São Paulo, centro-norte do Rio de Janeiro e no sudeste e centro-oeste de Minas Gerais. Amanhã (9), segundo o Cptec, as chuvas podem ser fortes no sul de São Paulo, no Espírito Santo e no nordeste mineiro.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu hoje um aviso meteorológico especial alertando para “ocorrência de acumulado de chuva significativo” no noroeste e oeste de Minas Gerais amanhã (9).
Segundo o meteorologista do Inmet Manoel Rangel, apesar de o verão ser um período típico de chuvas, este ano a situação está fora do normal na Região Sudeste. “O excesso de chuva se deve à zona de convergência do Atlântico Sul, que está mais forte, além de uma frente fria estacionada entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, reforçada por área de instabilidade que vem da Região Norte”, explicou.
Minas é o estado mais atingido pelas chuvas que atingem a região, com 103 municípios em estado de emergência em decorrência dos estragos causados pelas enchentes e deslizamentos. De acordo com a Defesa Civil mineira, até agora, foram registradas 12 mortes e há duas pessoas desaparecidas em Santo Antônio do Rio Abaixo e União de Minas. Além disso, 906 pessoas estão desabrigadas em todo o estado e quase 12 mil estão desalojadas.
Por outro lado, no Sul do país, a estiagem atinge várias cidades. No total, 102 municípios do Rio Grande do Sul e 36 de Santa Catarina decretaram situação de emergência. No total, os prejuízos causados pela seca na região chegam a R$ 2,797 bilhões, segundo dados da Defesa Civil dos três estados da região e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Só a produção de soja no Rio Grande do Sul deve sofrer 25% de perdas. No Paraná, a redução da colheira de soja chagará a 10% em relação à safra de 2011.
A principal causa para a estiagem na região, segundo Rangel, do Inmet, é uma massa de ar seco que está estacionada sobre parte de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. “Há uma massa de ar seco muito forte no oeste da região que inibe a formação de nuvens, e sem nuvens, não há chuva.”
A previsão do tempo para a Região Sul que o sol apareça nos nos próximos dias, com poucas nuvens e chuvas isoladas em partes de Santa Catarina e do Paraná. Para o Rio Grande do Sul, a temperatura máxima pode chegar a 35 graus Celsius (ºC) em algumas regiões do estado, de acordo com o Cptec.
Edição: Talita Cavalcante