Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A chuva, que havia dado uma trégua durante o dia de ontem (7), voltou a atingir municípios do noroeste do Rio de Janeiro no início da noite desse sábado e na madrugada de hoje (8). De acordo com o coordenador de Defesa Civil no noroeste fluminense, coronel Douglas Paulich, por causa da instabilidade dos terrenos, encharcados com essa nova precipitação, as cidades de Itaperuna, Italva e Laje do Muriaé entraram em estado de alerta para deslizamentos de terra.
“A situação é mais grave nessas cidades, que é onde caiu mais chuva e há um maior acumulado. Com isso, aumentam os riscos de escorregamentos de terra. Estamos agora em Itaperuna, no meio da enchente, para fazer uma avaliação melhor da situação aqui”, afirmou.
O coronel acredita, no entanto, que o escoamento vai ser mais rápido do que o da enchente da semana passada, quando demorou até cinco dias para que a água fosse retirada das ruas, pois o nível do Rio Paraíba do Sul já baixou.
“Desta vez, acho que em algumas horas a água vai escoar”, disse, ao acrescentar que nessa região do estado o volume de chuva chegou a 120 milímetros durante a madrugada. “Nosso maior medo é mesmo em relação à ocorrência de deslizamentos. Nas enchentes, por mais que se percam bens, é possível retirar as pessoas com antecedência e salvar vidas. Já os deslizamentos são abruptos e matam sem avisar”, afirmou.
O coronel Douglas Paulich informou ainda que uma equipe de geólogos do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro deve chegar ainda hoje ao município de Laje do Muriaé, também no noroeste fluminense. Eles ficarão de prontidão para auxiliar a Defesa Civil em função dos riscos de queda de barreiras.
Na manhã de hoje, apesar de o céu estar encoberto, não choveu em nenhum dos três municípios – Itaperuna, Italva e Laje do Muriaé. De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), essas cidades, além de Cardoso Moreira, permanecem em alerta máximo para enchentes.
Edição: Talita Cavalcante