Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo está enviando especialistas para reforçar o trabalho de alerta e prevenção de desastres provocados pelas chuvas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, os dois estados mais atingidos pelos estragos das chuvas de verão até agora – e para o Espírito Santo, onde a previsão é de chuva forte nas próximas horas.
O diretor de Reabilitação e Reconstrução da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), Ivan Ramos, disse hoje (3) que o primeiro Centro de Monitoramento e Operações Regionais foi instalado ontem (2) na Região Serrana do Rio de Janeiro e que o de Minas Gerais e do Espírito Santo serão formados nos próximos dias.
Os centros vão reunir especialistas dos governos federal, estadual e municipal para emitir alertas e definir estratégias de retirada de pessoas de áreas de risco, quando for o caso, a partir das informações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que opera 24 horas por dias desde meados de dezembro.
“As informações dos alertas vão ser avaliadas em campo, no terreno. Vamos atuar para monitorar e avaliar a possibilidade de evacuação de famílias”, disse Ramos após reunião convocada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
De acordo com o diretor da Sedec, até agora nenhum dos municípios afetados formalizou pedido de recursos federais para reconstrução e reparação de estragos provocados pelas chuvas. “Temos R$ 450 milhões liberados por uma medida provisória dia 22 de dezembro. Mas é preciso que haja manifestação dos municípios, que eles apontem as necessidades”. O prazo médio entre a formalização do pedido e a liberação do dinheiro é de cinco a dez dias, segundo Ramos.
Segundo o secretário de Políticas e Programas de Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre, 56 municípios nas regiões Sul e Sudeste e 34 na Região Nordeste que têm risco elevado de desastres com mortes já foram mapeados e tiveram levantamentos geotécnicos concluídos. “A meta é até 2014 cobrir todos os 251 municípios com esse risco”.
Edição: Rivadavia Severo