Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Um número recorde de corredores inaugura hoje (31) o novo percurso da Corrida Internacional de São Silvestre, na capital paulista. A 87ª edição da prova mais tradicional do atletismo brasileiro reúne neste sábado 25 mil pessoas entre atletas profissionais e amadores.
A principal alteração da prova de 15 quilômetros (km) é o local de chegada, que deixa de ocorrer na Avenida Paulista e passa para o Parque Ibirapuera, em frente ao Obelisco, um local simbólico para a história da prova. Lá estão depositados os restos mortais do jornalista paulista Cásper Líbero, o idealizador da São Silvestre.
Com a mudança, a organização da corrida espera que ela se torne mais rápida. A prova não acabará mais depois de uma longa subida, mas sim depois de cerca de 2,5 km de descida pela Avenida Brigadeiro Luis Antônio, na região central da cidade.
Essa alteração também tende a deixar a corrida mais equilibrada. Atletas de ponta, acostumados com o antigo percurso, como o brasileiro Marilson dos Santos, tricampeão da São Silvestre, perdem a vantagem que teoricamente têm sobres os mais inexperientes, que igualam suas chances de vitória.
“Espero brigar pelo pódio. Espero também que o novo percurso me ajude”, disse o alagoano Damião Ancelmo de Souza, que acumula bons resultados em corridas neste ano, mas que nunca venceu a São Silvestre. Junto com Marilson, Damião é considerado um dos favoritos para vencer a prova masculina, que começa às 17h30.
Um pouco mais cedo, às 17h10, largam as atletas profissionais. Na prova feminina, uma das grandes esperanças brasileiras de vitória é Marily dos Santos, que também espera uma corrida equilibrada. “Com o novo percurso, não há mais favoritas”, disse.
Para a maior parte dos corredores, porém, o percurso e o resultado pouco importam. A grande maioria dos participantes da São Silvestre quer mesmo é fazer parte da multidão que faz da prova uma grande festa a céu aberto no último dia do ano.
Everaldo Felipe da Silva, 52 anos, é um desses corredores. Amador, ele treina há mais de 20 anos, mas correrá a São Silvestre pela primeira vez hoje. “Estou até emocionado”, disse ele, já na Avenida Paulista, horas antes da largada.
“Meu objetivo não é tempo nem colocação”, complementou. “Corro porque eu gosto.”
Edição: Andréa Quintiere