Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – No 11º dia de protestos no Egito, os confrontos entre manifestantes e ambulantes geraram pelo menos 79 feridos, das quais 27 foram hospitalizadas, segundo relatos de organizações não governamentais (ONGs). Mais uma vez, o centro dos embates foi a Praça Tahrir, no Cairo, que se transformou em símbolo da resistência e das manifestações.
Os conflitos eclodiram quando os manifestantes que ocupam a praça tentaram expulsar os vendedores ambulantes do local. A tensão aumentou e os grupos se enfrentaram com pedras, socos e pontapés. Os atos violentos ocorreram poucas horas depois do encerramento da primeira etapa das eleições legislativas.
A campanha eleitoral no Egito está marcada por protestos, que começaram no dia 19 e que se estendem a várias cidades. Os manifestantes defendem o fim do governo militar, que assumiu o poder em fevereiro depois que o então presidente Hosni Mubarak renunciou, a realização de eleições presidenciais imediatas e a adoção de medidas democráticas.
Porém, o Supremo Conselho das Forças Armadas do Egito informou que as eleições presidenciais só serão realizadas em 2012 – provavelmente até junho do próximo ano. Também negou a possibilidade de abrir mão do poder e anunciou que considera os protestos um desserviço. Nos últimos 11 dias, 40 pessoas morreram e mais de 2 mil ficaram feridas em manifestações no país.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto