Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Colômbia condenou hoje (27) os assassinatos de quatro reféns que eram mantidos sob poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Em comunicado, o órgão disse “condenar com veemência” as mortes dos quatro militares que eram reféns há mais de 12 anos.
O responsável pelo escritório de representação na Colômbia, Christian Salazar, disse que as mortes são um reflexo do "produto da desumanização progressiva do conflito armado". No comunicado, o órgão apela para o fim da violência e um cessar imediato dos atos violações do direito internacional humanitário.
O papa Bento XVI também se referiu hoje aos assassinatos na Colômbia. O papa apelou para que a violência acabe na Colômbia. "O Santo Padre está triste com notícia trágica", informou em nota o Vaticano, referindo-se aos assassinatos.
Integrantes das Farc mataram ontem (26) os quatro reféns com tiros na cabeça, sendo que um deles foi atingido nas costas. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, prometeu endurecer no combate às Farc e lamentou as mortes. As execuções ocorreram durante uma operação de resgate. As vítimas foram mortas na região de Curillo, no departamento de Caquetá.
Os assassinatos ocorreram três semanas depois da morte do líder das Farc, Alfonso Cano. Os corpos são dos policiais Elkin Rivas e Edgar Duarte, ambos sequestrados em 1998, e Alvaro Moreno, capturado em 1999, além do sargento do Exército José Martinez, que estava sob poder das Farc desde 1997. A estimativa é que as Farc mantenham em seu poder mais de 8 mil reféns.
*Com informações da emissora multiestatal de televisão Telesur.
Edição: Fernando Fraga