Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Manifestantes egípcios estão reunidos na Praça Tahrir, no Cairo, para o protesto denominado Sexta-feira do Ultimato. O objetivo é aumentar a pressão para a renúncia coletiva do Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o Egito há nove meses desde a renúncia de Hosni Mubarak – em 11 de fevereiro deste ano.
Os embates entre policiais e manifestantes têm sido intensos e violentos. Organizações não governamentais informam que os números de vítimas aumentam diariamente. Dados recentes indicam que 39 pessoas morreram e mais de 2 mil ficaram feridas, nos últimos seis dias desde que eclodiram os protestos.
A Junta Militar, que controla o país, é alvo de cobranças para a renúncia coletiva, a transferência imediata do poder para os civis e a antecipação das eleições majoritárias – previstas para ocorrer até junho de 2012. Na segunda-feira (28), os egípcios irão às urnas para as eleições parlamentares.
Em meio à pressão popular, os militares nomearam ontem (24) o novo primeiro-ministro do Egito, Kamal Ganzouri. No governo Mubarak, Ganzouri ocupou a mesma função no período de 1996 e 1999. Há quatro dias o ex-primeiro-ministro Essam Sharaf pediu demissão do cargo.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa // Edição: Lílian Beraldo