Da Agência Brasil
São Paulo - A taxa média de juros das operações de crédito para pessoa física recuou pelo terceiro mês e fechou outubro em 6,6%. Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), este índice é 0,09 ponto percentual (p.p.) mais baixo do que o apresentado no mês anterior, quando os juros médios ficaram em 6,69%, e representa a menor taxa registrada desde 1995.
Considerando a taxa anual, a redução foi de 1,86%. Os juros médios passaram de 117,51% ao ano em setembro, para 115,32% em outubro.
Dos seis itens considerados para medição, o único que se manteve estável foi o cartão de crédito, com taxa de 10,69% ao mês. Todos os demais apresentaram redução. As maiores quedas foram encontradas nos juros cobrados em operações de crédito direto ao consumidor (CDC) e empréstimos pessoais em bancos, que caíram 3,57% e 3,58%, respectivamente, fechando em 2,16% e 4,31% ao mês.
Empréstimos por meio de financeiras tiveram redução de 2,01% e taxa média de 8,76%. A marca de 5,44%, encontrada nos juros no comércio, representou uma queda de 1,81%. A taxa do cheque especial caiu 0,24% e ficou em 8,21% ao mês.
Já a taxa média de juros que é oferecida para as empresas passou de 3,97%, em setembro, para 3,89% em outubro. A queda de 0,08 p.p. representa uma redução de 2,02% no mês e foi a menor taxa desde fevereiro deste ano. A taxa anual passou de 59,55% para 58,08% de um mês para o outro. Considerando os últimos doze meses, os juros médios para pessoas jurídicas caíram 2,47%.
Para o vice-presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, as reduções podem ser atribuídas a quatro fatores: “bom momento por que passa a economia brasileira, mesmo com a pequena redução da atividade econômica; maior oferta de crédito, mesmo considerando uma redução no ritmo dos empréstimos; maior competição no sistema financeiro; e a queda da taxa básica de juros (Selic) promovida pelo Banco Central no último dia 19”.
Segundo a entidade, a perspectiva é de que as taxas de juros voltem a cair nos próximos meses por conta de prováveis novas reduções da Selic.
Edição: Lílian Beraldo