Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Onze hospitais brasileiros farão parte do programa SOS Emergência, lançado hoje (8) pelo governo federal. A finalidade é melhorar a gestão e qualificar o atendimento nos prontos-socorros. Cada um receberá anualmente R$ 3,6 milhões do Ministério da Saúde. Até 2014, a ação deve chegar às 40 maiores unidades do país.
As 11 unidades de grande porte estão localizadas em nove capitais, entre elas, Fortaleza, Recife, Salvador, Goiânia e Brasília. Os hospitais também poderão receber individualmente até R$ 3 milhões para aquisição de equipamentos e para obras e reformas na área física do pronto-socorro.
“É uma ação em parceria com as direções dos hospitais acreditando no compromisso dos trabalhadores da área de saúde e em parceria com os pacientes”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Ao discursar na cerimônia de lançamento do programa, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff destacou o desafio de atuar na melhoria das emergências. “Vamos intervir de forma gradativa onde muitos governos evitam, nas emergências. Ouvi de muitos que é como enxugar gelo.”
Os hospitais terão um Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar instalado, que apoiará e orientará as medidas de melhoria da gestão e da qualidade assistencial. Os núcleos serão formados pelos coordenadores dos serviços de urgência/emergência, das unidades e centrais de Internação do Hospital e por um representante do gestor local.
O trabalho desses núcleos será acompanhado pelo Comitê Nacional de Acompanhamento do S.O.S Emergência, coordenado pelo Ministério da Saúde e que tem a função de receber e encaminhar solução às questões apontadas pelos núcleos, monitorar os resultados alcançados nas unidades e manter os gestores locais informados do andamento das ações. Haverá também parcerias com instituições privadas de excelência.
A presidenta voltou a dizer que é necessário que haja mais recursos para a saúde. “A implantação de programas demanda tempo, dedicação e recursos. Determinei agora fazer mais com o que temos e não ficar esperando que os recursos caiam do céu.”
Na mesma cerimônia foi lançado o Programa Melhor em Casa, com o objetivo de ampliar o atendimento domiciliar do Sistema Único de Saúde (SUS).
Edição: Talita Cavalcante