Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Projetos artísticos, inéditos ou não, que retratem a diversidade da cultura afrodescendente poderão se inscrever até o próximo dia 28, no site www.premioafro.org, para o 2º Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras.
A iniciativa é do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves (Cadon), em parceria com a Fundação Cultural Palmares, com o apoio do Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras.
A presidente do Cadon, Ruth Pinheiro, informou que, nesta edição, por determinação do Ministério da Cultura e da Fundação Palmares, só poderão se inscrever pessoas jurídicas. Os ganhadores serão conhecidos no início de março de 2012, em solenidade que será realizada no Rio de Janeiro. Os projetos terão quatro meses, a partir de abril, para serem executados.
Será concedido um total de R$ 1,1 milhão para projetos desenvolvidos nas áreas de artes visuais, dança e teatro. Serão premiados 20 projetos das cinco regiões do Brasil, sendo quatro em cada uma delas. Dois prêmios se destinam a grupos de teatro e dança, no valor de R$ 80 mil cada, e dois a artes visuais, no valor de R$ 30 mil cada.
Ruth Pinheiro disse que o objetivo principal “é premiar artistas que venham, nos últimos dois anos, trabalhando a cultura afro-brasileira de alguma forma e que não tenham grande reconhecimento”. A ideia é incentivar manifestações da cultura afrodescendente em todo o território brasileiro. “É incentivar e reconhecer esses talentos”.
Mais de 1.000 projetos de todo o país foram inscritos na primeira edição do prêmio, no ano passado. Ruth destacou que a premiação contribuiu para tombar uma manifestação cultural na Região Norte, chamada Roda de São Gonçalo, “que estava esquecida há muitos anos”. Da mesma forma, a iniciativa colaborou para que um grupo quilombola de Roraima fosse reconhecido e obtivesse a titularidade por conta de sua manifestação cultural.
Ao mesmo tempo, o Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras contribui para a descoberta de grupos culturais fora do eixo das grandes metrópoles, lembrou Ruth.
Edição: Graça Adjuto