Roberta Lopes
Repórter Agência Brasil
Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, esta reunido há mais de uma hora com a bancada do seu partido, o PDT, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de corrupção na sua pasta. O ministro já pediu a abertura de inquérito à Polícia Federal e ao Ministério Público.
Além disso, ele afastou um de seus assessores citado pela revista Veja como articulador do esquema de cobrança de propina, em nome do partido, às organizações não governamentais que mantinham convênio com o ministério.
O Ministério do Trabalho também instaurou sindicância interna para investigar as denúncias. A medida foi publicada hoje (8), no Diário Oficial da União. A portaria também confirma o afastamento cautelar do coordenador de Qualificação do ministério, Anderson Alexandre dos Santos, durante o período em que durar a investigação. A comissão de sindicância -formada por três servidores federais, dois dos quais são auditores fiscais do trabalho – terá 30 dias para concluir os trabalhos.
Dois deputados do PDT e um senador também protocolaram, no Ministério Público Federal, pedido de investigação das denúncias feitas pela revista. Assinam o documento os deputados federais Reguffe (DF) e Miro Teixeira (RJ) e o senador Pedro Taques (MT).
De acordo com Reguffe, eles não estão fazendo um pré-julgamento, mas querem apuração dos fatos que consideram graves. “As denúncias são graves e precisam de investigação. Doa a quem doer. Precisam ser investigadas a fundo.” Ele defendeu ainda que Lupi se afaste do cargo. “Acho que seria o mais inteligente”, disse.
Edição: Lílian Beraldo//A matéria foi ampliada