Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse hoje (8) que não vai se afastar do ministério, por causa das denúncias de que um dos seus assessores seria o articulador de um esquema de pagamento de propina em nome do PDT. A denúncia foi feita pela revista Veja.
“Para me tirar do ministério, só abatido à bala, e tem que ser uma bala bem pesada, por que sou grande. Não há possibilidade de eu me afastar do ministério”, afirmou Lupi, que hoje se reuniu com a bancada de seu partido, o PDT, para tratar do assunto. Carlos Lupi está à frente do Ministério do Trabalho desde 2007.
Ele informou que solicitará à Advocacia-Geral da União (AGU) para enviar à revista um pedido de resposta sobre as denúncias. “Fiz uma solicitação a AGU para que trate da defesa da minha honra pessoal, atingida na imprensa. Quero discutir com a AGU o direito de resposta. Acho que, com todo esse episódio, amigos sofrem, a família também.”
O ministro lembrou que as acusações atingem também o PDT. “Estive agora com a bancada do partido, e todos consideram que o atingido é o partido, e não a minha figura pessoal.”.
Lupi ressaltou que tem o apoio da presidenta Dilma Rousseff para continuar à frente do Ministério do Trabalho e que também o PDT está a seu lado.
O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) disse que Lupi não tem substituto e que, por isso, não há motivo para o partido pressioná-lo a deixar o cargo. “Se Lupi sair, sai todo o partido do governo. Isso não é uma ameaça”, afirmou Queiroz. De acordo com o parlamentar, o partido tem plena confiança no ministro.
Em nota divulgada logo após a entrevista coletiva de Lupi, o PDT garante apoio ao ministro e manifesta "absoluta confiança" em sua permanência no ministério. A nota diz ainda que o PDT "não compactua com desvios éticos e é o primeiro a exigir a apuração rigorosa dos fatos e a punição dos corruptos e dos corruptores”.
Edição: Nádia Franco