Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que contará com o apoio das Forças Armados, por mais 30 dias, na região da fronteira para evitar que o foco de febre detectado no Paraguai atinja os rebanhos bovinos de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O pedido, feito pelo secretário-executivo do Mapa, José Carlos Vaz, que responde pela pasta durante a licença do ministro Mendes Ribeiro Filho para tratar de um tumor no cérebro, foi aprovado pelo ministro da Defesa, Celso Amorim.
A apoio das Forças Armadas começou logo depois que o governo do Paraguai notificou a existência de um foco da doença em seu território, em 19 de outubro. Segundo o Mapa, desde então já foram gastos R$ 3,8 milhões na operação militar nos estados de Mato Grosso e do Paraná. Com diárias de fiscais federais agropecuários, técnicos e policiais militares que estão atuando nos quatro estados foram aplicados mais R$ 450 mil.
Os focos de febre aftosa na América do Sul se constituem em uma das principais barreiras à expansão das exportações de carnes da região. Santa Catarina é o único estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como livre da doença sem vacinação. Os demais estados devem vacinar todos os anos os rebanhos de bovinos e búfalos, de cerca 205 milhões de cabeças.
Dezenove estados começaram em novembro a segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa, na qual serão vacinados cerca de 160 milhões de animais. A meta do governo é tornar todo o território nacional livre de aftosa com vacinação até 2013.
Edição: João Carlos Rodrigues