Brasil e Venezuela vão ampliar as relações comerciais, econômicas e industriais, diz Chávez

08/11/2011 - 9h46

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As relações do Brasil com a Venezuela deverão ser ampliadas do setor comercial para o de indústrias e o econômico em geral. A decisão foi anunciada ontem (7) à noite pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. "Começamos a trabalhar para aumentar a troca. Temos a necessidade de equilibrar a balança comercial. Vamos revisar o conjunto do mapa estratégico", disse Chávez.

O chanceler brasileiro foi a Caracas para participar da reunião comandada pelo Órgão Superior de Residências, organismo interministerial responsável pelo programa habitacional Gran Misión Vivienda (Grande Missão Casa) – que se baseia na experiência do programa Minha Casa, Minha Vida. Um dos desafios de Chávez é ampliar as oportunidades de moradia na Venezuela.

O Itamaraty informou que o intercâmbio comercial entre Brasil e Venezuela registrou crescimento nos últimos dez anos. No período de 2002 a 2010, o comércio entre os dois países sul-americanos cresceu mais de 227%, elevando de US$ 1,43 bilhão, em 2002, para US$ 4,68 bilhões em 2010.

Nesse mesmo período, as exportações brasileiras passaram de US$ 798,9 milhões para US$ 3,85 bilhões, e as venezuelanas, de US$ 633 milhões para US$ 832,6 milhões. Chávez quer buscar meios de aproximar os dois números, sem prejuízos acentuados para a Venezuela.

A presidenta Dilma Rousseff deve ir à Ilha Margarita, na Venezuela, nos dias 3 e 4 de dezembro. Ela vai participar da Cúpula América Latina e Caribe (Celac), que estava prevista para o primeiro semestre deste ano, mas foi adiada por causa do tratamento de combate ao câncer a que Chávez se submete.

*Com informações da agência pública de notícias da Venezuela, AVN, e a emissora multiestatal de televisão, Telesur.

Edição: Talita Cavalcante