Marcos Chagas*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, descartou uma intervenção militar na Síria para deter a repressão do governo do presidente Bashar Al Assad às manifestações contra o regime. Em entrevista coletiva, o secretário ressaltou que "a Líbia e a Síria são duas questões muito distintas". Ele acrescentou que a Otan deve responsabilizar-se pela operação militar na Líbia, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), "para proteger a população" da repressão de militares defensores do regime de Muammar Khadafi.
Segundo a agência de notícias Telam, Rasmussen disse que não se pode comparar as condições políticas da Líbia com as da Síria. O secretário-geral da Otan, no entanto, condenou o comportamento do governo de Bashar Al Assad de utilizar as forças de segurança sírias para atacar a população civil. Segundo ele, o governo de Assad "só tem uma direção a seguir, que é respeitar os desejos de liberdade e democracia da população".
As declarações de Anders Fogh Rasmussen foram feitas na Dinamarca, durante o ciclo de viagens que faz pelos países signatários da Otan para tratar com as autoridades locais dos conflitos como o da Líbia e do Afeganistão e da próxima reunião de cúpula, que ocorrerá nos Estados Unidos em maio de 2012.
*Com informações da agência de notícias Telam//Edição: Graça Adjuto