Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Representantes dos estudantes que ocupam a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) desde a última terça-feira (1º) e membros da direção da instituição chegaram a um acordo no início da tarde de hoje (5). O prazo para a saída dos estudantes, determinado pela Justiça para as 17h deste sábado, foi prorrogado para as 23h da próxima segunda-feira (7). Caso a reintegração não ocorra até o horário estabelecido, o acordo prevê o uso de força policial.
A USP se comprometeu a dialogar com os estudantes, a religar a luz, a internet e a água. Os estudantes aceitaram antecipar para segunda-feira a assembleia geral, inicialmente marcada para a próxima quarta-feira (9).
O acordo foi mediado pela juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública Central de São Paulo, que havia determinado a desocupação do prédio na última quinta-feira (3).
Entre outras reivindicações, os estudantes querem que a USP revogue o convênio firmado com a Polícia Militar (PM) para fazer a segurança dentro do campus. No entanto, há alunos que defendem o patrulhamento da PM. Eles fizeram uma manifestação na última terça-feira, convocada por meio das redes sociais, para apoiar a presença da polícia na segurança da Cidade Universitária.
A manifestação ocorreu na Praça do Relógio e reuniu cerca de 200 alunos. Os organizadores do movimento favorável ao policiamento no campus alegam que “a presença da Polícia Militar é necessária” por causa da falta de preparo da Guarda Universitária para exercer o trabalho de segurança do local.
Edição: Andréa Quintiere
Estudantes defendem presença da PM no campus da USP
Alunos da USP reforçam protestos contra patrulhamento da Polícia Militar ocupando prédio da reitoria
USP pede reintegração de posse do prédio da reitoria ocupado por alunos
Justiça determina reintegração de posse de prédio da reitoria da USP ocupado por estudantes
USP propõe discutir presença da PM no campus após desocupação de reitoria