Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Considerado o último “pulmão verde” da zona oeste do Rio de Janeiro, o bairro de Guaratiba abriga cerca de 300 hortos e chácaras dedicados ao cultivo de plantas ornamentais, seguindo uma tradição iniciada na década de 1950 pelo paisagista Roberto Burle Marx, que tinha um sítio no local. Atividade econômica de importância fundamental para a região, a produção de plantas para decoração de ambientes externos e internos envolve cerca de 2 mil pessoas, a maior parte pequenos agricultores familiares.
Com o objetivo de aproximar os produtores dos demais segmentos envolvidos na atividade, como jardineiros, decoradores, arquitetos, artistas e consumidores de um modo geral, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da prefeitura do Rio e o Sebrae-RJ promovem, de sexta-feira (4) a domingo (6), a mostra Jardins do Rio. Cerca de 30 produtores vão mostrar flores e plantas ornamentais no Espaço Verde Vila, uma área de 24 mil metros quadrados (m²) que fica no bairro. A mostra também terá espaços dedicados ao paisagismo, às técnicas e ferramentas de jardinagem e à gastronomia da região, especializada em frutos do mar.
O diretor de Polos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário, José Augusto Costa e Silva, que é também o coordenador da mostra, informou que o arquiteto Robério Dias, diretor do Sítio Burle Marx, será um dos palestrantes da mostra. Segundo Costa e Silva, a vinda para Guaratiba do paisagista, morto em 1994, foi fundamental para o desenvolvimento da atividade de cultivo de plantas ornamentais na região. “Muitos dos atuais produtores são antigos trabalhadores do sítio de Burle Marx”, disse o secretário.
Edição: Vinicius Doria