Da Agência Brasil
Brasília – A greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que teve início hoje (20), não afetou o funcionamento do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Segundo a estatal, os serviços estão operando normalmente.
Nesta quinta-feira, houve atrasos considerados normais nos serviços de atendimento ao público. "Acredito que os atrasos de voos que presenciei são constantes e normais, apesar da greve. Atrasos geralmente ocorrem, fiquei na fila para embarcar e consegui depois de cerca de uma hora”, disse a dona de casa Cristina Santos Rosa.
O comerciante João Carlos Araújo ficou surpreso com a normalidade do atendimento. "Embarquei hoje pela manhã para São Paulo e não tive nenhum problema. Já retornei para Brasília e pensei que o movimento estaria muito intenso, mas o que vejo é que as filas de embarque e desembarque estão normais".
O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Marco Antônio Guimarães, disse que o movimento foi normal para um dia em que o histórico não é de muita movimentação. Segundo ele, a categoria se reunirá amanhã (21), a partir das 8h, em ato de protesto contra as privatizações de aeroportos. Ele garante que o percentual de trabalhadores estabelecido em lei, que é o de 30% na prestação de serviços, está sendo respeitado.
No aeroporto de Brasília, segundo a Infraero, os serviços estão operando normalmente com 100% dos funcionários. “Realizamos um plano de contingência até o dia 31 de outubro e a Infraero está preparada para o caso da greve permanecer, o que não irá atrapalhar os nossos serviços, que continuarão funcionando normalmente, inclusive os serviços de [transporte de] carga”.
Os aeroportuários de Brasília, Campinas e Guarulhos entraram em greve nesta quinta-feira em protesto contra o modelo de concessão que foi apresentado pelo governo federal. De acordo com os trabalhadores, os 38 anos de experiência da Infraero, na administração de aeroportos, serão trocados por "empresas terceirizadas e inexperientes", o que irá provocar a “precarização dos serviços aeroportuários, fragilizando e ampliando a vulnerabilidade da segurança operacional e de voo.”
Edição: Lana Cristina