Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A primeira Sondagem Conjuntural do Comércio feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria do Banco Central (BC) mostra que o Índice de Confiança do Comércio (Icom) está em nível inferior este ano em relação ao observado em 2010, mas houve ligeira melhora no trimestre de julho a setembro.
Em pesquisa concluída no final do mês passado, em que foram consultadas 1.272 empresas de diferentes portes e atividades comerciais, o Icom dos últimos três meses foi 1,6% inferior ao de igual período de 2010. Mas, de acordo com o coordenador da pesquisa, Aloísio Campelo, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, a diferença foi menos acentuada do que a queda de 2,7% no trimestre de junho a agosto, comparado a igual período de 2010.
Segundo ele, o ritmo de atividade tem sido menos intenso em 2011, comparado ao do ano passado, mas em setembro, especificamente, houve uma melhora substancial nas expectativas do comércio por atacado para os próximos seis meses. Isso se deve, provavelmente, à percepção de crescimento das exportações, acrescentou o coordenador.
A evolução do comércio atacadista destoa, porém, da do varejo, que trabalha com perspectivas de redução das vendas de alimentos, material de construção, artigos de uso pessoal, vestuários, calçados e outros, que afetam principalmente os supermercados. As piores perspectivas apontadas pelos entrevistados dizem respeito ao comércio de veículos automotores, peças e acessórios, disse Campelo.
De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a Sondagem Conjuntural do Comércio é “extremamente importante para monitorar e antecipar as tendências econômicas”, em razão da agilidade e precisão com que a pesquisa consegue retratar o cenário atual e sinalizar possíveis evoluções no horizonte de médio prazo. Segundo ele, os dados servirão de subsídio para análises de conjuntura e tomadas de decisões.
Edição: Juliana Andrade