Renata Giraldi
Enviada Especial
Bruxelas (Bélgica) – A presidenta Dilma Rousseff abre hoje (4) às 17h (14h em Brasília), em Bruxelas, o 23º Europalia – o maior festival de cultura da Europa, cujo tema este ano é a cultura brasileira. O governo do Brasil investiu no festival mais de R$ 30 milhões, que serão revertidos em espetáculos, exposições, shows e apresentações de dança e circo, além de debates com escritores.
Por mais de 100 dias, os 130 shows, as 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias estarão espalhados pela Bélgica, por Luxemburgo, pela França, Alemanha e Holanda. O secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, disse à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que este é o momento mais importante da cultura brasileira.
“A Europa inteira vai ver um Brasil muito maior do que a imagem que está cristalizada [baseada em clichês]”, disse Mamberti. “É um país muito maior do que se pode imaginar. Este é um dos momentos mais importantes do governo. É um momento tão importante e equivalente ao que houve [com a participação da presidenta Dilma Rousseff na abertura da 66ª Assembleia Geral] nas Nações Unidas.”
O secretário disse que uma das preocupações do governo foi mostrar que na cultura brasileira predominam diferentes estilos. Nos cerca de três meses do Europalia haverá apresentações dos sambistas da chamada Velha Guarda da Portela – que mostrará o samba original e tradicional feito no Rio de Janeiro.
Também estarão presentes os instrumentistas Hermeto Paschoal e Egberto Gismonti, que fazem experiências na busca por sons em todos os objetos, além dos instrumentos convencionais. O rapper Marcelo D2 vai mostrar o som misturando black music, rock e rap.
A banda Pedro Luis e a Parede, que mescla rock, samba, rap e funk, apresentará sua produção. O grupo Corpo, de Belo Horizonte, reconhecido pela originalidade do balé contemporâneo, vai mostrar seus últimos trabalhos.
As companhias Giramundo, que faz teatro de bonecos, e Intrépida Trupe, que há 21 anos mistura circo, teatro e dança nos seus espetáculos, também estarão presentes. O poeta e ensaísta Augusto de Campos e os escritores João Ubaldo Ribeiro e Renato Carvalho participarão das conferências no Europalia.
Os admiradores das artes visuais poderão ver obras do período colonial do Brasil até os dias de hoje, passando por obras da Semana de Arte Moderna de 1922. No cinema, a ideia é apresentar um panorama geral do que se produz no Brasil. Por isso, há curtas, médias e longas-metragens, assim como filmes destinados às crianças, além do público adulto.
Edição: Graça Adjuto