Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma das integrantes do júri do 44º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a atriz pernambucana Hermila Guedes disse que os filmes que assistiu até o momento refletem o crescente profissionalismo do cinema brasileiro. Surpresa com a qualidade das produções, ela entende que a busca pela estética não deve reduzir os esforços pela conquista o público.
"Há uma discussão sobre os caminhos que o cinema brasileiro está tomando. No entanto, a abertura do festival aos filmes mais comerciais é um ponto positivo. A gente não pode esquecer que cinema é entretenimento”, disse Hermila à Agência Brasil. “Temos que encarar isso como mercado de trabalho, como indústria mesmo.”
O Festival de Cinema de Brasília sempre foi reconhecido como um dos principais fóruns de discussão sobre o cinema no Brasil. Nos últimos anos, entretanto, havia perdido um pouco de sua importância no cenário nacional por causa crescimento de festivais como o do Rio de Janeiro e de Paulínia (SP), além do já frequentado Festival de Gramado (RS).
Este ano, a organização mudou algumas regras para dar mais fôlego ao Festival de Brasília. Os organizadores acabaram, por exemplo, com a exigência do ineditismo para filmes da mostra competitiva, aumentaram o valor da premiação e anteciparam a data do festival, além de outras alterações.
Céu de Suely
Hermila estrelou o premiado O Céu de Suely, uma coprodução brasileira, francesa e alemã, dirigida por Karim Aïnouz, que a projetou no circuito nacional de cinema. "A preocupação deve ser com o público e um festival é também um formador de público.”
"O cinema brasileiro tem atingido tal ponto de efervescência que hoje posso morar no meu estado e continuar fazendo cinema. Isso é muito bom. Não precisar mudar para Rio ou São Paulo para continuar trabalhando”, comentou a atriz.
Entre os longas-metragens que ela atuou está Uma Vez Verônica, dirigido por Marcelo Gomes. Agora, Hermila está participando da segunda versão de Uma Vez Verônica, que deverá ser lançada no primeiro semestre do próximo ano.
Edição: João Carlos Rodrigues