Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) e usado como referência nos reajustes de aluguel, variou 0,65% em setembro, ante a taxa de 0,44% registrada em agosto. Em 12 meses, o IGP-M teve elevação de 7,46% e no acumulado do ano, de 4,15%.
De acordo com os dados, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), um dos componentes do IGP-M, passou de 0,57% em agosto para 0,74% em setembro. O índice relativo aos bens finais variou 0,31%, enquanto no mês anterior havia ficado em 1,11%. O principal item que contribuiu para a redução foi o subgrupo alimentos processados (de 3,77% para 0,82%). O índice referente a bens intermediários ficou em 0,13%, ante uma deflação de 0,62%, sendo que o principal responsável pelo aumento da taxa foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de -1,17% para 0,11%).
O índice de matérias-primas brutas variou 2,04% em setembro. Em agosto, a taxa havia ficado em 1,51%. Os principais responsáveis pela alta foram os itens: café em grão (de -2,32% para 10,58%), soja em grão (de 2,07% para 5,92%) e minério de ferro (de 0,61% para 3,36%). Ao mesmo tempo, houve decréscimo em itens como suínos (de 19,33% para -7,77%), bovinos (de 2,33% para -1,03%) e aves (de 9,09% para 1,95%).
Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu para 0,59% em setembro, ante 0,21% em agosto. Todas as sete classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas, com destaque para alimentação (de 0,31% para 0,95%). Os itens que mais influenciaram a taxa dessa classe de despesa foram as hortaliças e os legumes (de -4,70% para -2,74%), as frutas (de 4,51% para 6,42%) e as carnes bovinas (de 0,84% para 1,71%).
Entre os outros grupos que compõem o índice, vestuário apresentou variação de 1,36%, ante -0,86%. Em habitação, a taxa passou de 0,37% para 0,47%; em saúde e cuidados pessoais, de 0,35% para 0,60%; em educação, leitura e recreação, de 0,02% para 0,19%; em transportes, de 0,06% para 0,19%; e em despesas diversas, de 0,02% para 0,15%. Em cada uma das classes de despesas, os destaques são respectivamente: roupas (de -0,84% para 1,56%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,16% para 0,39%), medicamentos em geral (de -0,01% para 0,27%), passagem aérea (de -6,86% para 3,90%), álcool combustível (de 0,85% para 2,11%) e alimento para animais domésticos (de -0,96% para -0,01%).
Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em setembro, variação de 0,14%, ante 0,16% de agosto. Dois dos três grupos que integram o índice apresentaram redução das taxas: serviços, de 0,50% para 0,42%, e mão de obra, de 0,06% para 0,01%. Já o grupo materiais e equipamentos apresentou aumento, de 0,18% para 0,23%.
Edição: Juliana Andrade