Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Organização das Nações Unidas (ONU), com o apoio de 105 países, quer intensificar os esforços para retirar dos campos de batalha as crianças que são arregimentadas como soldados em vários locais do mundo. O objetivo é garantir um meio de reintegrar essas crianças à sociedade preservando todos os seus direitos.
Em 2010, foram libertadas cerca de 10 mil crianças que estão sob poder de grupos armados, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em sessão hoje (27), em Nova York, os representantes de Angola, da Armênia, Bósnia e Herzegovina, Costa Rica e de San Marino aderiram aos compromissos da ONU de combate à exploração de crianças para a luta armada.
O vice-diretor do Unicef, Rima Salah, ressaltou que, em geral, crianças arregimentadas por grupos armados carregam um estigma de vergonha e medo. "É importante que todas as crianças tenham acesso à assistência para que possam ser reabilitadas e reintegradas para ter uma vida produtiva", disse.
A representante especial da ONU para Crianças em Conflitos Armados, Radhika Coomaraswamy, destacou que é fundamental garantir apoio a essas crianças. "Justiça deve também significar reparações às vítimas", disse. "Para as crianças, a justiça inclui muito mais do que punir um agressor. É importante também o restabelecimento dos seus direitos e a reparação da perda da infância, do convívio com a família e do direito de ir à escola”, completou a representante da ONU.
Edição: Lana Cristina