Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As exportações das cooperativas brasileiras entre janeiro e agosto de 2011 cresceram 32% na comparação com os oito primeiros meses do ano passado. O volume de US$ 3,9 bilhões é o maior já alcançado desde que se iniciou a série histórica, em 2005. Segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, o resultado mostra a profissionalização cada vez maior do setor, correspondendo com produtos de qualidade às exigências do mercado.
“O profissionalismo marca a gestão das cooperativas brasileiras, o que se reflete nos resultados alcançados. Por isso, trabalhamos com um cenário positivo e a indicação é de que chegaremos a praticamente US$ 5,8 bilhões no final de 2011”, disse Freitas.
Os dados da balança comercial, que fazem parte de um estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), apontam ainda outro recorde: o saldo das trocas comerciais do segmento, de US$ 3,7 bilhões no período, superou em cerca de 32% os US$ 2,8 bilhões registrados nos oito primeiros meses de 2010.
Açúcar, soja em grão e café representaram 55,1% dos produtos embarcados pelas cooperativas. De acordo com a OCB, entre os produtos que mais apresentaram crescimento nas vendas está o conjunto formado por trigo, café em grão, etanol, arroz e feijão, que passou de US$ 405,2 milhões em 2010 para US$ 975,5 milhões eeste ano.
As exportações das cooperativas brasileiras este ano tiveram 128 países como destino. Os que tiveram maior participação foram China (compras de US$ 476,5 milhões, 12,2% do total), Emirados Árabes (US$ 389,9 milhões, 10%), Alemanha (US$ 353,5 milhões, 9,1%), Estados Unidos (US$ 281,3 milhões, 7,2%) e Países Baixos (US$ 199,8 milhões, 5,1%).
As cooperativas que exportaram seus produtos entre janeiro e agosto deste ano estão distribuídas por 20 unidades da Federação, três a mais que em 2010. Pelo volume vendido, os destaques são os seguintes estados: Paraná (US$ 1,33 bilhão em vendas, 34,2% do total), São Paulo (US$ 1,31 bilhões, 33,7%), Minas Gerais (US$ 476,7 milhões, 12,2%), Rio Grande do Sul (US$ 292,1 milhões, 7,5%) e Santa Catarina (US$ 182,1 milhões, 4,7%).
Edição: João Carlos Rodrigues