Banco Central aumenta para 17% projeção de crescimento do crédito

27/09/2011 - 18h10

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Banco Central (BC) revisou para cima as projeções de crescimento do volume de crédito para este ano. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a estimativa de expansão passou de 15% para 17%.

A projeção de crescimento para o crédito com recursos livres em 2011 passou de 14% para 16%. Para o crédito direcionado, a previsão passou de 17% para 19%. Esse tipo de crédito tem taxas e recursos determinados em normas governamentais, destinado basicamente aos setores rural, habitacional e de infraestrutura.

Em relação ao tipo de instituição financeira, a previsão de crescimento do crédito dos bancos públicos passou de 15% para 18%. Para os bancos privados nacionais, a projeção foi revista de 15% para 17%. Apenas a previsão para os bancos privados estrangeiros foi mantida em 16%.

A relação entre o crédito e o que o país produz também foi revisada para cima. A proporção entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar o ano em 49%, contra 48% estimados anteriormente.

Segundo Maciel, o crescimento da previsão do crédito das instituições públicas está relacionado principalmente à expansão dos financiamentos habitacionais. Apenas nos últimos 12 meses, o crédito para o setor habitacional e imobiliário subiu 44,8%.

Apesar de a expansão ter sido revista para cima, Maciel alega que as medidas tomadas pelo BC no fim do ano passado para conter o crédito estão surtindo efeito. “A moderação tem sido efetivamente verificada e as medidas macroprudenciais foram determinantes para isso, sobretudo no crédito voltado para a pessoa física”, alegou.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, mesmo com previsão de crescer 17%, o crédito continuará a se expandir em ritmo menor que no ano passado. Ele lembrou que o volume de crédito aumentou 20,6% em 2010. “A previsão para este ano ficará maior apenas do que em 2009, que foi um ano de crise”, declarou. Há dois anos, o crédito cresceu 15,2%.

 

Edição: Lana Cristina