Da BBC Brasil
Brasília - Na véspera das cerimônias que vão marcar os dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, que mataram quase 3 mil pessoas nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama disse hoje (10) que, uma década depois, o país está mais forte.
"Graças aos esforços incansáveis dos nossos militares, agentes de inteligência, da lei e da segurança interna, não deve restar dúvida. Hoje, os Estados Unidos estão mais fortes, e a Al Qaeda está no caminho da derrota", disse Obama em seu pronunciamento semanal.
Amanhã (11), o presidente participa de cerimônias em homenagem às vítimas dos atentados em Nova York, Washington e Shanksville, na Pensilvânia, onde caiu um dos aviões sequestrados por extremistas da rede Al Qaeda.
A segurança em Nova York e Washington, que já havia sido reforçada para as cerimônias, foi elevada ainda mais nos últimos dias, depois que o governo americano recebeu informações sobre planos da Al Qaeda de realizar novos ataques durante as homenagens.
O aumento da presença policial pode ser visto neste fim de semana em pontos turísticos, estações de metrô e nas proximidades do Marco Zero - local onde ficavam as Torres Gêmeas do Word Trade Center, derrubadas nos ataques, e palco da cerimônia deste domingo.
Na manhã de hoje, Obama se reuniu com sua equipe de segurança para revisar as medidas tomadas para reduzir o risco de ataques. Segundo a Casa Branca, o presidente ressaltou que os Estados Unidos não devem relaxar nos esforços de contraterrorismo nas próximas semanas e meses.
Em seu pronunciamento, ele mencionou as novas ameaças. "Não se enganem, eles vão continuar tentando nos atacar de novo", disse. "Mas, como mostramos mais uma vez neste fim de semana, nós permanecemos vigilantes." O presidente falou sobre o enfraquecimento da Al Qaeda, especialmente depois que forças americanas mataram seu líder, Osama Bin Laden, em uma operação no Paquistão em maio deste ano.
"Nos últimos dois anos e meio, mais líderes do alto escalão da Al Qaeda foram eliminados do que em qualquer período anterior desde 11 de setembro [de 2001]. E graças à notável coragem e precisão das nossas forças, finalmente fizemos justiça", disse o presidente.
"Uma década depois de 11 de setembro, está claro para que o mundo inteiro veja - os terroristas que nos atacaram naquela manhã de setembro não são páreo para o caráter do nosso povo, a resiliência da nossa nação, ou a persistência dos nossos valores", acrescentou.
A presidenta Dilma Rousseff divulgou neste sábado nota em solidariedade às vítimas dos ataques de 11 de setembro e ao povo americano. Dilma diz que partilha “plenamente” da visão de Obama exposta “em discurso na cidade do Cairo”, em 2008.
A presidenta diz ainda concordar que "o extremismo violento deve ser combatido em todas as suas formas, inclusive por meio da reconciliação entre o ocidente e o mundo árabe, pela eliminação do armamentismo nuclear, pela afirmação da democracia, pelo respeito à liberdade religiosa e aos direitos humanos e da mulher, pela promoção do desenvolvimento econômico e a criação de oportunidades para todos em um mundo de paz e cooperação."