Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse não ter ainda condições de comentar o relatório apresentado ontem (8) pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre contratos da pasta. Ele acrescentou que deverá se manifestar sobre o assunto assim que analisar o documento, o que deve ser feito ainda hoje (9). A CGU identificou 66 irregularidades em 17 processos. O prejuízo estimado chega a R$ 682 milhões.
“Não há como tecer qualquer comentário agora, porque ainda não tive acesso [ao relatório]”, disse Passos, na chegada ao ministério. “Falarei [com a imprensa] assim que o analisar”, completou. Foi marcada, então, uma coletiva para a imprensa às 11h30.
De acordo com o relatório da CGU, tanto no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) quanto na Valec, a estatal do setor ferroviário, são raros os empreendimentos em que não há acréscimos de custos, e que muitos aditivos aproximam-se do limite legal de 25%, o que torna sem efeito os descontos obtidos nas licitações.
As investigações começaram no dia 6 de julho, por determinação da presidenta Dilma Rousseff, após as denúncias de desvio de verbas e superfaturamento de contratos na pasta. A crise resultou na saída do então ministro Alfredo Nascimento e de funcionários do Ministério dos Transportes, do Dnit e da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A .
Edição: Talita Cavalcante