Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Programa Ciência sem Fronteiras, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), vai distribuir 100 bolsas para doutorado, pós-doutorado e pesquisador sênior, oferecidas pela empresa sueca Saab, por meio do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (Cisb). Os estudantes poderão, com isso, fazer intercâmbio nos três melhores centros de tecnologia da Suécia.
Segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que recebeu os dirigentes da Saab em reunião, hoje, a distribuição das bolsas poderá ocorrer parcialmente já que, em setembro, por meio de edital que ainda será publicado, foram distribuídas 200 bolsas para doutorado e pós-doutorado no âmbito do Programa de Iniciação Científica do MCT.
A Saab tem um centro de pesquisas no Brasil, localizado em São Bernardo do Campo (SP). "É uma base industrial de maior dimensão do que a da própria Suécia. O centro não tem fins lucrativos e desenvolve projetos em parceria com várias universidades e empresas do Brasil e do mundo", explicou o ministro. Segundo Mercadante, o programa de concessão de bolsas de estudo vai distribuir 4 mil bolsas para graduação, em 253 universidades brasileiras, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A Saab é uma das empresas que ofereceu ao Brasil opções de modelos de aviões de caça para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB), dando a possibilidade de, em parceria com a Embraer, transferir a tecnologia de fabricação dos aviões. Mercadante negou, no entanto, que o assunto tenha sido tratado nessa audiência. O ministro acrescentou que a presidenta Dilma Rousseff ainda não se decidiu sobre os investimentos que vão ser feitos na área da defesa. A Embraer já tem projetos de parceria tecnológica com a Saab.
Mercadante também recebeu hoje o presidente da Sharp Corporation, Mikio Katayama. A empresa trabalha na área de informática e de energia limpa e quer investir no Brasil nessa área. Segundo o ministro, a Sharp tem a intenção de investir em unidades produtivas de energia solar por avaliar que, aqui, os preços são competitivos.
Edição: Lana Cristina