Daniella Jinkings
Repórter da Agencia Brasil
Brasília – O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão, condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, entregou-se à polícia na tarde de hoje (6). De acordo com a Polícia Civil de Altamira, no Pará, Galvão chegou espontaneamente à delegacia e, após fazer exames de corpo de delito, foi transferido para o Centro de Recuperação do município.
Na manhã de hoje, a 1ª Câmara Criminal Isolada do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) rejeitou o recurso de Galvão, mantendo, por unanimidade, a condenação do réu a 30 anos de prisão, em regime fechado.
Julgado como mandante do assassinato de Dorothy, Galvão pretendia, com o recurso, anular a sentença proferida em abril do ano passado. O tribunal, contudo, não só rejeitou o apelo do fazendeiro, como, temendo que ele fugisse, decretou a prisão preventiva dele. Galvão era o único dos cinco acusados pelo assassinato da missionária que continuava solto. Ele foi beneficiado, no ano passado, por uma liminar que lhe deu o direito de aguardar, em liberdade provisória, o julgamento de um recurso de apelação.
Os outros condenados por participação no assassinato da missionária são Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, condenado a 30 anos de prisão; Rayfran das Neves, o Fogoió, condenado a 27 anos; Clodoaldo Batista, o Eduardo, condenado a 17 anos; e Amair Feijoli, o Tato, sentenciado a 27 anos de prisão.
Dorothy foi morta em fevereiro de 2005 em Anapu, no Pará com seis tiros. A missionária tinha 73 anos. O crime teve repercussão em todo o mundo.
Edição: Nádia Franco