Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O governador de Goiás, Marconi Perillo, pregou hoje (30) a necessidade de os estados usarem experiências de gestão e de desenvolvimento de outras unidades da Federação para oferecer melhores serviços à população. Perillo participou da abertura do 9º Congresso Internacional Brasil Competitivo (MBC), que este ano traz como tema Gestão e Sustentabilidade. O objetivo do evento é debater ideias pioneiras para o ambiente de negócios do Brasil.
O governador de Goiás também defendeu que as administrações estaduais trabalhem "passando à margem de interesses". Perillo relatou que, no início de seu governo, em 2010, traçou seis metas de gestão e, embora somente uma tenha sido cumprida, ele considerou que o estado está em vias de conseguir mudanças qualitativas de gestão e desenvolvimento. “No primeiro ano de governo, tudo é sempre mais difícil", justificou.
Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, observou que, embora a articulação entre as unidades da Federação seja uma sugestão válida, "há estados que se bastam pelo seu próprio tamanho, como é o caso do Rio de Janeiro e de São Paulo e por isso não se articulam com os demais".
Segundo Casagrande, não há na Região Sudeste, onde está o Espírito Santo, a mesma articulação regional que existe no Norte e no Nordeste, o que, segundo ele, traz muitas dificuldades. De acordo com ele, o estado é "sensivelmente afetado pelo cenário econômico pois 50% de seu Produto Interno Bruto [PIB] estão relacionados ao comércio internacional.”
Apesar das dificuldades, o governador disse que o governo está concentrando suas ações na área do bem-estar social. A previsão, segundo Casagrande, é tirar da pobreza absoluta 144 mil pessoas nos próximos anos. Para isso, vai ser oferecido um benefício de R$ 50 às famílias carentes, durante dois anos, e também cursos de qualificação profissional. Essa ação se soma ao Programa Bolsa Família.
Edição: Lana Cristina