Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília - A Polícia Federal (PF) pediu o indiciamento das seis pessoas presas hoje (25), em Pernambuco, suspeitas de participar de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro público destinado à merenda escolar. Para o delegado Bernardo Gonçalves Torres, responsável pelo inquérito policial, as provas já colhidas são suficientes para formar a convicção de que um político, os dois gerentes de banco, um servidor público, um empresário e um estudante, todos detidos esta manhã, estão envolvidos na prática de crimes de corrupção e peculato. A PF não divulgou o nome dos suspeitos.
Com o indiciamento, os investigados passam a ser oficialmente considerados suspeitos. Segundo a assessoria da PF, alguns dos detidos já foram liberados.
Deflagrada esta manhã, a Operação Mar de Lama é resultado de mais de três anos de investigações. A PF estima que foram desviados R$ 1,8 milhão destinados a prefeituras pernambucanas para compra de merenda escolar. Também está sendo investigada a suspeita de pagamento de salários a funcionários fantasmas.
Embora apenas um político tenha sido detido hoje, a PF informa, em nota, que as investigações “apontam para um largo esquema de corrupção e desvio de verbas públicas envolvendo diversos políticos” relacionados a “pagamento de propina para garantir apoio a projetos, numa espécie de 'mensalão'”.
Essa foi a terceira operação deflagrada hoje (25) pela PF para apurar fraudes envolvendo dinheiro público. Em Salvador, a Operação Nevasca resultou na prisão de 17 pessoas suspeitas de fraudar a Previdência Social. Mais cinco pessoas investigadas por supostas fraudes em financiamentos bancários concedidos pela Caixa Econômica Federal foram presas em Governador Valadares (MG) e em Vila Velha (ES).
Edição: Vinicius Doria