Da BBC Brasil
Brasília - Combates violentos ocorreram hoje (22) em Trípoli, na Líbia, na área em volta do quartel-general do líder Muammar Khadafi. A ação ocorreu horas depois de rebeldes terem assumido o controle da maior parte da capital. Não havia informações se Khadafi estava no local, nem onde ele se encontrava.
Há informações, não confirmadas oficialmente, de que Khadafi pode estar escondido em algum local do próprio quartel-general. Desde maio, o líder líbio não é visto em público embora tenha divulgado, com frequência, mensagens em áudio e vídeo de locais não divulgados.
Paralelamente, a ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane, negou que tenha enviado aviões à Líbia para permitir que Khadafi deixe o país. "O governo sul-africano nega os rumores de que enviou aviões ao país para levar o coronel Khadafi e sua família a local não revelado", disse ela.
De acordo com relatos, o domínio de Trípoli foi mais simples do que se imagina. Os rebeldes encontraram pouca resistência, à medida que avançavam pela cidade ontem e anteontem (20), assumindo rapidamente o controle do leste, sul e oeste da capital. Um porta-voz dos rebeldes disse, entretanto, que forças pró-Khadafi ainda controlam de 15% a 20% de Trípoli.
Os rebeldes começaram a entrar na capital na noite de sábado (20) e ontem intensificaram os ataques. O confronto em diversas áreas da cidade deixou centenas de mortos. O porta-voz do regime de Khadafi, Moussa Ibrahim, disse que 1.300 pessoas foram mortas na cidade nas últimas 24 horas. O número não foi confirmado oficialmente.
Havia pontos de conflito em vários bairros, um deles no entorno do hotel que hospeda a imprensa internacional.