Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Depois da confusão de ontem (18) entre grupos pró e contra o líder líbio, Muammar Khadafi, a embaixada da Líbia, em Brasília, continua sem bandeira hasteada. Na manhã de hoje (20), a situação foi tranquila na frente da embaixada. Apenas dois policiais militares estão de plantão no local. Dentro da representação diplomática, não há funcionários trabalhando. O embaixador Salem Zubeide mora em outro endereço.
Ontem, um grupo de 30 manifestantes entrou ontem na embaixada e trocou a bandeira oficial da Líbia pela do Conselho Nacional de Transição, liderado pela oposição a Khadafi. Houve troca de socos e empurrões entre manifestantes, seguranças e o filho do embaixador líbio no Brasil, Mutas Zubeide. A confusão começou no final da tarde de ontem, durante as comemorações do Ramadã, quando funcionários da embaixada simpatizantes dos opositores e um grupo de fiéis ao líder líbio iniciaram uma discussão.
Depois de negociações conduzidas por diplomatas do Ministério das Relações Exteriores e policiais federais e militares, os manifestantes foram retirados da embaixada, que é considerado território líbio.
De acordo com o Batalhão Rio Branco da Polícia Militar, responsável pela segurança das representações diplomáticas na capital federal, ninguém foi detido.
Há cinco meses, rebeldes pressionam para que Khadafi deixe o poder, depois de 42 anos no comando do país. O líder líbio resiste às pressões interna e externa. Os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentam o cerco para forçar a renúncia do líder líbio.
O vice-ministro de Assuntos Exteriores da Líbia, Jaled Kaim, negou hoje (20) que Khadafi planeje abandonar o país, como dizem os opositores, segundo a agência de notícias Telam, da Argentina.
Edição: Vinicius Doria