Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os cerca de 2 mil trabalhadores que estão fazendo a reforma do Estádio do Maracanã, para prepará-lo para a Copa do Mundo de 2014, decidiram manter até segunda-feira (22) a greve deflagrada na quarta-feira (17). A decisão foi tomada hoje (19), durante assembleia geral no canteiro obras, na zona norte do Rio, quando eles rejeitaram a proposta da empresa responsável pela reconstrução do estádio. Eles reivindicam segurança no trabalho, plano de saúde extensivo às suas famílias e aumento nos valores dos benefícios sociais.
A greve foi deflagrada depois da explosão de uma explosão em um barril de produtos químicos, que provocou ferimentos em Carlos Felipe da Silva, 23 anos.
“Os trabalhadores reivindicam plano de saúde emergencial para suas famílias, melhoria nos equipamentos de trabalho, como luvas e óculos, e aumento da cesta básica de R$ 110 para R$ 300”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), Nilson Duarte Costa.
O Consórcio Maracanã Rio 2014 oferece plano de saúde individual para os trabalhadores a partir de 1º de setembro, aumento de 9,2% no vale-refeição e abono das horas não trabalhadas durante a greve. Como os trabalhadores rejeitaram a proposta, a empresa pediu ao Tribunal Regional do Trabalho a instauração de dissídio coletivo. A audiência de conciliação está marcada para as 11h de segunda-feira (22).
Os operários também querem que peritos fiscalizem as condições de trabalho, verificando itens com insalubridade e periculosidade. “A segurança é um dos primeiros cuidados que a empresa deve tomar para dar condições ao trabalhador”, assinalou Costa. Por meio de nota, o Consórcio Maracanã 2014 informou que “segue rigorosamente os padrões da legislação trabalhista”.
A reforma do Maracanã está orçada em cerca de R$ 1 bilhão. A previsão é que o estádio esteja pronto até de 2012.
Edição: João Carlos Rodrigues