Líder diz que recebeu do governo pedido para que PR volte a integrar a base aliada

19/08/2011 - 12h32

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de se reunir com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), disse hoje (19) que o governo quer que seu partido volte a integrar a base aliada. O PR anunciou a saída da base na última terça-feira. Portela disse que levará a proposta para discussão no partido.

“A Ideli nos chamou e falou da preocupação do governo em manter a base aliada unida, em manter os parlamentares que sempre caminharam com o governo federal juntos e, em um gesto pelo governo, conversou conosco para que nós não deixássemos a base aliada, para que nós continuássemos junto com o governo para que fizéssemos o trabalho que sempre fizemos”, disse.

Portela contou que a proposta precisa ser discutida com as várias instâncias do partido, com a executiva, deputados e senadores. “Não temos condições de tomar uma decisão dessa num período curto. Depois de uma posição tomada e pensada, precisamos sentar com o partido, ouvir a liderança, sentar com os deputados, levar para os senadores e deputados, à executiva nacional, esse pedido que o governo nos fez."

O deputado Luciano Castro (PR-RR), vice-líder do governo na Câmara, também participou da reunião e destacou que o pedido de Ideli não é um gesto isolado da ministra, mas sim um pedido do governo o que reabre a conversa na busca de um entendimento. “Se entende que o gesto de hoje da ministra Ideli é de governo, de buscar o início de um entendimento. Isso não tem tempo para recompor, pode demorar um tempo para recompor ou não recompor."

Os parlamentares disseram que na reunião não se tratou de oferta de cargos em troca do apoio político do PR e lembraram que o partido colocou à disposição os cargos que tem no governo quando anunciou a saída da base. Ao anunciar que o partido deixaria a base de sustentação do governo, o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), disse que o partido passaria a ter uma postura independente e crítica ao governo.

 

Edição: Lílian Beraldo