Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, avisou nessa quinta-feira (18) que manterá a decisão de retirar as reservas internacionais depositadas em bancos europeus para "proteger os ativos do país". Para adotar a medida, a Venezuela usa como argumento a instabilidade do sistema financeiro internacional. Chávez lembrou que, apesar das críticas, conta com o apoio de parlamentares da base aliada. Ele respondeu à oposição pela rede social Twitter.
"Veja que desfaçatez da oposição sem pátria”, disse o presidente venezuelano, na sua conta do Twitter (@ chavezcandanga). "É muito bom que seja demonstrada a ignorância da oposição. Deveria estudar um pouco [sobre os impactos da crise econômica internacional] e vir a explicar-se para nós”, acrescentou.
A Assembleia Nacional, o Parlamento da Venezuela, fez ontem sessão extraordinária para discutir exclusivamente o repatriamento de reservas de ouro da Venezuela - depositados em bancos britânicos, norte-americanos e canadenses – com o objetivo de protegê-las dos efeitos da crise econômica internacional.
Pelos dados oficiais, as reservas internacionais do país envolvem cerca de US$ 29 bilhões, dos quais US$ 6 bilhões estão em instituições europeias. O governo estuda transferir parte desses ativos ao Brasil, à Rússia e China. O restante das reservas está concentrado em cerca de 365 toneladas de ouro que serão transferidas gradualmente aos cofres do Banco Central venezuelano.
A medida acompanha uma decisão de Chávez de nacionalizar o ouro do país, de olho no incremento das reservas internacionais. Das reservas internacionais depositadas no exterior, US$ 11 bilhões se referem ao ouro.
*Com informações da agência pública de notícias da Venezuela, AVN//Edição: Graça Adjuto